A presença do governador Paulo Câmara (PSB) no almoço que reuniu lideranças em solidariedade ao ex-presidente Lula ontem em Brasília, na sede do PT, evidenciou o lado mais complicado da sua chapa à reeleição. Junto com a candidata a vice, Luciana Santos (PCdoB) e com Humberto Costa (PT), um dos concorrentes ao Senado, o governador circulou com desenvoltura no ambiente petista, mas o candidato que lidera a corrida pelo Senado, Jarbas Vasconcelos (MDB) e cujo partido lhe garante um bom tempo de televisão, não estava a seu lado.
Não poderia e nem deveria. Jarbas, apesar dos pesares, ainda é o retrato do anti-lulismo e ninguém serve a dois senhores. No caso, nem o governador nem o deputado federal. Por mais que os dois se esforcem esse é um arranjo político-eleitoral que ainda exigirá explicações e, mais do que isso, muitas ausências.
A presença de Paulo em Brasília foi motivada pelo pedido de registro da candidatura de Lula a presidente da República no Tribunal Superior Eleitoral. Porém, foi com Fernando Haddad (PT) com quem o governador mais conversou, tendo inclusive marcado uma visita do ex-prefeito de São Paulo a Pernambuco. Haddad concorrerá a presidente da República caso Lula, como é esperado, seja considerado inelegível. Haddad demonstrou bastante interesse pelo trabalho de Pernambuco na área da educação.
Mas, quando ele vier ao estado, Jarbas irá ao Palácio das Princesas ou não? Humberto Costa (PT) já passou uma borracha no passado e até admitiu que “tem golpistas em todos os palanques”, mas será que os demais petistas pensam assim?
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