O Governo de Pernambuco prevê receita total de R$ 30 bilhões, com queda para R$ 29,4 bilhões no ano seguinte e resultado ainda pior em R$ 29,1 bilhões, em 2019. O déficit projetado é de R$ 241 milhões no próximo ano. Esses números foram apresentados pelo secretário de Planejamento e Gestão, Marcio Stefani, em sessão da Assembleia Legislativa realizada nesta quarta-feira (17) para apresentar os principais pontos da Lei de Diretrizes Orçamentárias de Pernambuco (LDO) à Comissão de Finanças.
Apesar dos resultados negativos, o governo estadual espera alcançar um superávit de quase R$ 164 milhões.
“Para enfrentar esse cenário, o governador Paulo Câmara tem buscado fazer mais com menos, cortando na carne. Conseguimos fazer procedimentos cirúrgicos em nossa rede de saúde com menos receita e reduzimos os gastos de telefone de 2015 ao mesmo nível de 2009, entre outros exemplos”, afirmou Stefani, defendendo a gestão.
Dívida de Pernambuco
Stefani destacou que a relação entre a dívida consolidada líquida e a receita corrente líquida do Estado tende a diminuir de 75,3% em 2016 para 68,3% em 2019.
Seguindo o que tem sido feito por Paulo Câmara, o secretário de Planejamento também criticou os termos de renegociação de dívidas dos Estados sugeridos pelo Governo Federal. “Como está a proposta, a renegociação pode significar um alívio de R$ 3 bilhões para São Paulo, enquanto para Pernambuco o ganho seria de apenas R$ 186 milhões. Os Estados nordestinos, que fizeram o seu dever de casa e controlaram suas dívidas, estão sendo prejudicados”, analisou.
O líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PRB), apontou um aumento do endividamento de Pernambuco desde 2007. O parlamentar afirmou que a dívida do Estado naquele ano era de R$ 4,8 bilhões e passou para quase R$ 10 bilhões em pouco mais de oito anos. Segundo o deputado, no Ceará, no mesmo período, a dívida passou de R$ 4 bilhões para R$ 6 bilhões, e na Bahia ficou estabilizada em torno de R$ 10 bilhões . “Essa dívida é uma preocupação com que as próximas gerações vão ter que lidar. Foram feitas obras muito bonitas para aparecer na TV, mas não há verba para manter o custeio das UPAs, por exemplo”, declarou.
“O endividamento por operações de crédito é que nos permitiu investimentos que fizeram melhorar a educação, a saúde e a infraestrutura do Estado”, considerou o secretário. Em resposta, Stefani afirmou que a consequência para as gerações futuras desse endividamento “será poder trabalhar na fábrica de automóveis da Jeep ou no Porto de Suape, por causa da infraestrutura custeada por essas operações de crédito”. “Muito me choca ouvir dizer que essas obras foram feitas para a TV. Os mais de 5,5 milhões de pessoas atendidas nas emergências que foram construídas devem dar um depoimento diferente sobre isso”, rebatou.
Do Blog de Jamildo
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