A pouco mais de dois meses para o início da campanha eleitoral, que consagrará os novos comandantes municipais, o governador Paulo Câmara (PSB) tem procurado fugir dos debates locais. Tem sido assim, sobretudo, quando o assunto é a corrida nos principais colégios eleitorais do Estado a exemplo de Caruaru, Olinda e Petrolina. Em Caruaru, cidade estratégica e importante cultural e economicamente, o socialista já antecipou que não subirá em palanque de nenhum aliado ou correligionário.
“Inicialmente não vamos subir em palanque. Temos que trabalhar para o governo continuar. Não podemos nos envolver em questões locais. Mas, vamos dar o equilíbrio. Aqui vamos manter as parcerias e ações em favor de Caruaru. Isso não vamos deixar”, revelou o socialista, ao ser provocado durante a abertura do São João da cidade. Na capital do Forró, o PSB deverá lançar a candidatura de Jorge Gomes, atual vice-prefeito.
A cautela, no entanto, é vista como estratégica e busca evitar o desgaste com os aliados de primeira hora para não trazer consequências para o seu projeto de reeleição em 2018. Após perder o apoio do PSDB no Estado, que na capital caruaruense lançará a deputada Raquel Lyra, Câmara terá a sombra do deputado estadual Tony Gel, que deverá sair candidato pelo PMDB. Este, por sinal, aproveitou a passagem de Câmara pela cidade para demarcar espaço juntamente com a cúpula do PMDB.
O governador, contudo, avaliou que as eleições na cidade deverá ser uma das mais equilibradas e colocou o sucesso do futuro prefeito nas mãos da população. “Caruaru vai ter uma eleição equilibrada, com novos atores, já que José Queiroz não pode mais se candidatar. Terá Tony Gel, o vice-prefeito Jorge Gomes, Raquel Lyra, que será candidata pelo PSDB. A população vai saber escolher o que é melhor e quem pode dar continuidade a esta administração. Vamos ajudar o próximo prefeito assim como ajudamos o prefeito José Queiroz”, tergiversou Câmara.
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